Vamos trocar? | O Consumo Colaborativo

Hoje a tarde, li em algum lugar que a internet é um “grupo de pessoas” não um “grupo de computadores”. Concordo. Por unir seres humanos e não máquinas esta grande rede faz com que as preocupações de pequenos grupos tornem-se globais, sejam elas a sustentabilidade, durabilidade de alguns produtos ou o consumo consciente.

Se depender de projetos, empresas, especialistas e consumidores do mundo todo que tornam vivo o conceito de consumo colaborativo, temos uma nova revolução em curso. Tal movimento inverte o sentido da palavra “eu possuo isto” para “nós compartilhamos isto”. Produtos passam a ser usados sob a lógica de serviço: o consumidor paga para usufruir do beneficio do objeto por meio de empréstimo, troca, aluguel ou compartilhamento. A tendência também reinventa a forma como as pessoas usam seu tempo e trocam conhecimento, tudo impulsionado pela popularização das plataformas digitais.

O conceito de compartilhar já existia, mas em pequenos grupos locais. Com a força das mídias sociais, vários grupos e sites se conectam. Agora, são grupos gigantes que dividem carros, compartilham casas e trocam produtos. Fazendo com que o consumo se torne mais colaborativo e sustentável!

No Brasil, projetos de consumo compartilhado são recentes. Em comum, eles se inspiraram em experiências internacionais que já provaram que pensar coletivamente pode dar lucro. Também usam site ou rede social como plataforma de negócios, crescem rapidamente e têm planos ambiciosos para expandir e divulgar o consumo colaborativo para a população brasileira.

Aos questionar-se e pesquisar sobre consumo consciente, encontra-se dicas do tipo “feche a torneira ao escovar os dentes” ou “separe o lixo seco do orgânico”, mas nada relacionado ao dia a dia de consumo. Muitos tipos de pessoas e empresas em mais de 120 países estão criando, experimentando, redefinindo e ampliando o compartilhamento de produtos e serviços, eliminando a chance do disperdício e aumentando o ciclo de vida dos mesmos.

Existem alguns sites brasileiros que conseguiram alcançar destaque em consumo colaborativo, um deles é o Descola Aí. Este site permite a troca e o aluguel de artigos diversos e tem hoje oito mil usuários. Uma furadeira, por exemplo, que antes era usada, em toda sua vida doméstica, em média de 6 a 13 minutos, ganha utilidade ao ser compartilhada. O usuário não paga para anunciar seu produto, mas o site ganha 10% do valor dos aluguéis realizados, pois oferece plataforma segura para concretização das transações.

Outro aplicativo para o facebook conhecido é o Dois Camelos, que surgiu da percepção que o escambo poderia ser potencializado para um ambiente de rede, não ficando somente entre amigos e familiares mais próximos.

Já na capital paulista, o site Clube do Brinquedo é um exemplo de que o compartilhamento pode atingir um público seletivo e exigente: pais e mães. É, basicamente, um serviço de aluguel de brinquedos, criado a partir da percepção de que os filhos crescem muito rápido (principalmente na fase de zero a três anos) precisando e tendo a necessidade de novos brinquedos com muita frequência.

A confiança é uma das palavras-chave quando o assunto é compartilhamento.

E você, vai aderir a ideia? Tem algo para trocar?

Fonte: Loop Criação

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